quinta-feira, 27 de março de 2008

DOAR FAZ BEM!!!!!!!!!





Ela nasceu assim. Era uma criatura iluminada.
A luz que vinha de seu sorriso transmitia todos seus sentimentos de afeto e ternura. Não enxergava com os olhos. Eles serviam para nos mostrar, através dela, o mundo é lindo e cheio de esperanças.


Maria Luisa Cunha, 18 anos, olhos azuis e um futuro repleto de alegria. Sua vida foi guiada com uma escuridão sem fim. Não conhecia cores, pessoas, objetos. Mas, isso não tirou a vontade de ser feliz e viver cada momento.


De família humilde a garota aprendeu a ler em braile por intermédio de um grupo voluntário que faziam trabalhos comunitário com cegos. E foram esse mesmos que mostraram uma luz no final do túnel. O problema de Maria Luisa era reversível e com um transplante de córneas tudo poderia mudar. Foi assim que ela chegou ao Banco de Olhos do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.


O Banco de Olhos de Ribeirão Preto tem 18 anos de existência. Conhecidencia ou não a mesma idade de Maria Luiza. Em 1997, foi considerado o melhor desempenho entre todos os bancos de olhos brasileiros. A avaliação aconteceu durante a realização do Simpósio Internacional Moacyr Álvaro, na Escola Paulista de Medicina (Unifesp).


Desde 1997 o número de transplante deu um grande salto, principalmente com a aprovação da Lei 9.434, a chamada Lei dos Transplantes. Ela permitiu a criação do Sistema Nacional de Transplantes, que tem como objetivo evidenciar com transparência todas as suas ações no campo da política de doação-transplante, visando primordialmente a confiabilidade do Sistema e a assistência de qualidade ao cidadão brasileiro.


Com 340 doações recebidas em 1996, o banco do HC de Ribeirão Preto foi o que mais captou córneas em todo o Brasil. Como praticamente não há fila de espera, o serviço tornou-se fornecedor de vários hospitais da região de Ribeirão Preto e, até mesmo, de outros estados brasileiros. Explicando o sucesso que vem obtendo, o biólogo responsável pelo serviço, Alexandre da Silva Roque, conta que, além da estrutura bem montada, o Banco de Olhos tem sempre um profissional de plantão disposto a conversar com os familiares de possíveis doadores. “As pessoas doam tranqüilamente. Porém, temos que pedir, pois numa hora tão difícil como esta ninguém se lembra de doar”, comenta Alexandre. No caso do HC, a equipe se reveza em plantões para atender os comunicados. Porém, segundo Alexandre, o único hospital que tem efetuado rotineiramente as comunicações de óbitos é o das Clínicas. A doação é simples e fácil. A córnea dura até 6 horas do óbito. E bem conservada ela se mantém até 10 dias.

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